domingo, 12 de agosto de 2007

morri de amor. meus últimos cruzados, todos dados ao cego que tocava uma bela melodia nostálgica. acarinhei a um cão magro que me abanou o rabo e mordeu-me a mão, de fome.
Todos têm fome. Eu engoli minha cabeça sentado no sofá vermelho de fronte a paredes brancas muito frias, cuja brancura, fazia reverberar a frieza em meu intestino. nem os cigarros nem as pessoas eram merecedores de amor. somente o gim e o meu havia acabado.
Todos têm fome. Eu engoli o metal gelado e atirei contra o céu
da boca. cem flores cranianas fizeram da parede, muito branca e fria, uma paisagem surrealista.
morri de amor... próprio. engoli minha cabeça e do meu estômago romperam mil borboletas que se espalharam pelo mundo.
(06/06)

Um comentário:

Unknown disse...

morte produtiva a sua.